domingo, 1 de abril de 2012
O ANALFABETO POLÍTICO
O pior analfabeto
É o analfabeto político,
Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.
O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.
Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.
Bertolt Brecht
(1898-1956)
Que bobagem falar que é nas grandes ocasiões que se conhece os amigos!
Nas grandes ocasiões é que não faltam amigos. Principalmente neste Brasil de coração mole e escorrendo. E a compaixão, a piedade, a pena, se confundem com amizade, por isso tenho horror das grandes ocasiões.
Prefiro as quartas-feiras.
Mário de Andrade
Nas grandes ocasiões é que não faltam amigos. Principalmente neste Brasil de coração mole e escorrendo. E a compaixão, a piedade, a pena, se confundem com amizade, por isso tenho horror das grandes ocasiões.
Prefiro as quartas-feiras.
Mário de Andrade
Mas a filosofia hoje me auxilia a viver indiferente assim.
Nessa solidão sem fim, vou fingindo que sou rico
Para ninguém zombar de mim.
Quanto a você, da aristocracia, tem dinheiro, mas não compra alegria.
Há de viver eternamente sendo escravo dessa gente que cultiva a hiprocrisia.
Noel Rosa p/ Tom Jobim
Nessa solidão sem fim, vou fingindo que sou rico
Para ninguém zombar de mim.
Quanto a você, da aristocracia, tem dinheiro, mas não compra alegria.
Há de viver eternamente sendo escravo dessa gente que cultiva a hiprocrisia.
Noel Rosa p/ Tom Jobim
Desejo também que tenha amigos
Que mesmo maus e inconseqüentes
Sejam corajosos e fiéis
E que em pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar
Desejo ainda que você tenha inimigos,
Nem muitos, nem poucos
E que entre eles, haja pelo menos um que seja para que você não se sinta demasiado seguro.
Victor Hugo
Que mesmo maus e inconseqüentes
Sejam corajosos e fiéis
E que em pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar
Desejo ainda que você tenha inimigos,
Nem muitos, nem poucos
E que entre eles, haja pelo menos um que seja para que você não se sinta demasiado seguro.
Victor Hugo
Nunca conheci quem tivesse levado porrada
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo e eu, tantas vezes reles, tanta vezes porco, tanta vezes vil
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, indesculpalvemente
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas
Que me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Fernando Pessoa
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo e eu, tantas vezes reles, tanta vezes porco, tanta vezes vil
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, indesculpalvemente
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas
Que me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Fernando Pessoa
De repente do riso fez-se o pranto...
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente, não mais que de repente fez-se de triste o que se fez amante e de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinicius Moraes
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente, não mais que de repente fez-se de triste o que se fez amante e de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinicius Moraes
Eu sou aquele cara que você descartou
Aquele braço forte que você não confiou
Aquele mortal que você sempre ignorou
E que você nunca, nunca vai conseguir superar
... incapaz de se importar com alguém
um cara que você ingnorou e desfez matou a bola da vez.
Deita que eu sou tua sombra
Deita que eu sou teu estrado
Deita que eu sou tua esteira.
Paulinho Moska
Aquele braço forte que você não confiou
Aquele mortal que você sempre ignorou
E que você nunca, nunca vai conseguir superar
... incapaz de se importar com alguém
um cara que você ingnorou e desfez matou a bola da vez.
Deita que eu sou tua sombra
Deita que eu sou teu estrado
Deita que eu sou tua esteira.
Paulinho Moska
Paixão
Eu quero te mostrar o que é paixão
Como é indescritível o desejo
Na sua plena forma de insanidade
Na maravilhosa loucura de estar perto
Estar dentro embrulhado em suor em saliva
Em cheiro de êxtase em exaustão
Olhar através dos olhos travessos e infames
Com palavras despudoradas e puras
Vou te contar que o dia não tem fim
Que lá poderia ser o fim do mundo ou o paraíso
Que troca-se qualquer eternidade por aquele momento
Que trás a voz a cor, entontecido pelo cheiro, envolvido pela língua.
Quando a noite vai perdendo suas luzes e a idéia de estar voltando à lucidez traz consigo o
Embriaga mento da felicidade e do desespero
Da dor do afastamento
Dos minutos contados atentamente como ponte de reencontro
Quantos olhares de rapina cabem em um desejo
Ter o cuidado em não segurar tão forte para que não se escape
Quanta dor em soltar aquilo que nunca foi segurado
Estar apaixonado é viver a flor da pele
É estar em ponto de suicídio
É ficar com a mente amortecida
O corpo incendiado
É ser um privilegiado
Rosa 04/02/007
Como é indescritível o desejo
Na sua plena forma de insanidade
Na maravilhosa loucura de estar perto
Estar dentro embrulhado em suor em saliva
Em cheiro de êxtase em exaustão
Olhar através dos olhos travessos e infames
Com palavras despudoradas e puras
Vou te contar que o dia não tem fim
Que lá poderia ser o fim do mundo ou o paraíso
Que troca-se qualquer eternidade por aquele momento
Que trás a voz a cor, entontecido pelo cheiro, envolvido pela língua.
Quando a noite vai perdendo suas luzes e a idéia de estar voltando à lucidez traz consigo o
Embriaga mento da felicidade e do desespero
Da dor do afastamento
Dos minutos contados atentamente como ponte de reencontro
Quantos olhares de rapina cabem em um desejo
Ter o cuidado em não segurar tão forte para que não se escape
Quanta dor em soltar aquilo que nunca foi segurado
Estar apaixonado é viver a flor da pele
É estar em ponto de suicídio
É ficar com a mente amortecida
O corpo incendiado
É ser um privilegiado
Rosa 04/02/007
O último
Pés que pisaram um chão longínquo
Olhos que viram mudanças de tempos
Gerações que nasceram
Tempos que passaram
Ombros arcados pelo peso das lembranças
Rosto com marcas fincadas pelo uso
Memórias repletas de visões
Fantasmas caminham junto
Novos rostos lhe trazem esquecimento
O chapéu de palha é sua proteção
Esconderijo que lhe serve de invisibilidade
Testemunha de uma vida
Sua e de outros
Quantos nomes vivem em sua memória
O ultimo vive sem vida
Morto por seu coração
Perdido num tempo
Despreza esse tempo
Que não lhe pertence mais....
Rosa 01/03/2007
Olhos que viram mudanças de tempos
Gerações que nasceram
Tempos que passaram
Ombros arcados pelo peso das lembranças
Rosto com marcas fincadas pelo uso
Memórias repletas de visões
Fantasmas caminham junto
Novos rostos lhe trazem esquecimento
O chapéu de palha é sua proteção
Esconderijo que lhe serve de invisibilidade
Testemunha de uma vida
Sua e de outros
Quantos nomes vivem em sua memória
O ultimo vive sem vida
Morto por seu coração
Perdido num tempo
Despreza esse tempo
Que não lhe pertence mais....
Rosa 01/03/2007
O quarto era grande
O quarto era grande
Havia buracos a me assustar
Suas mãos eram lindas e seguras
Sua respiração poderia ser a minha
Em sintonia com a sua
O cheiro de mãe não era suficiente
O gosto do batom não a trazia pra mim
Mas o sol brilhava e a balança era boa
Estávamos juntas
Sonhávamos tudo o que não tínhamos
E com isso passamos a ter
Se você acreditasse, então tudo era verdade.
E a vida era boa
Gosto de cepilho ainda me dá a sensação de esconderijo
Dor de nariz ainda me faz feliz
Éramos juntas
Éramos sós
Éramos nós
Em homenagem a Rose, Roseli e Rosa
Havia buracos a me assustar
Suas mãos eram lindas e seguras
Sua respiração poderia ser a minha
Em sintonia com a sua
O cheiro de mãe não era suficiente
O gosto do batom não a trazia pra mim
Mas o sol brilhava e a balança era boa
Estávamos juntas
Sonhávamos tudo o que não tínhamos
E com isso passamos a ter
Se você acreditasse, então tudo era verdade.
E a vida era boa
Gosto de cepilho ainda me dá a sensação de esconderijo
Dor de nariz ainda me faz feliz
Éramos juntas
Éramos sós
Éramos nós
Em homenagem a Rose, Roseli e Rosa
há tempo
Nossa casa era um amontoado de tijolo
A luz vinha de uma sensível camisa
O chão era duro como terra, mas era nosso solo.
Era só o que eu conhecia
As paredes eram de caminhos sinuosos
Onde tudo era possível até certo coelho me encontrar
E me encantar
As luzes de natal eram escassas que até hoje as persigo
Dão-me clareado, embora não precise mais delas.
As noites eram frias, ventos que vinham de um telhado inacabado.
Onde o acolchoado era insuficiente
E as roupas eram finas que cortavam a pele
O dia era de um cinza que sinto saudade
Onde o cabelo vermelho se destacava
Para minha timidez
O bolo não era perfeito para minha vergonha
E o pãozinho era fatiado em três
O cheiro de pão queimado com margarina me trazia final de escola
E também estou ocupada para suas necessidades
A gaveta não dava cria
E a carne tinha seu preço
Então preferia a salsicha
Bem frita com companhia
Sem brigas
Eram as melhores
Sem falar na carne moída com temperos da dona Arminda
Tudo ficava mais lindo
Ah... mas quando um caminhão parava a nossa porta com tudo que é de bom
Como era bom
Sempre tinha cheiro de natal
Lembranças de andanças
Que não víamos
Apenas recebíamos
E não sabíamos por que tanta insatisfação
Mas era bom
Chegou a tempo
Sempre para nós ele chegou a tempo!
O motor estava quente
Provando que passou por tudo....mas chegou a tempo!
A luz vinha de uma sensível camisa
O chão era duro como terra, mas era nosso solo.
Era só o que eu conhecia
As paredes eram de caminhos sinuosos
Onde tudo era possível até certo coelho me encontrar
E me encantar
As luzes de natal eram escassas que até hoje as persigo
Dão-me clareado, embora não precise mais delas.
As noites eram frias, ventos que vinham de um telhado inacabado.
Onde o acolchoado era insuficiente
E as roupas eram finas que cortavam a pele
O dia era de um cinza que sinto saudade
Onde o cabelo vermelho se destacava
Para minha timidez
O bolo não era perfeito para minha vergonha
E o pãozinho era fatiado em três
O cheiro de pão queimado com margarina me trazia final de escola
E também estou ocupada para suas necessidades
A gaveta não dava cria
E a carne tinha seu preço
Então preferia a salsicha
Bem frita com companhia
Sem brigas
Eram as melhores
Sem falar na carne moída com temperos da dona Arminda
Tudo ficava mais lindo
Ah... mas quando um caminhão parava a nossa porta com tudo que é de bom
Como era bom
Sempre tinha cheiro de natal
Lembranças de andanças
Que não víamos
Apenas recebíamos
E não sabíamos por que tanta insatisfação
Mas era bom
Chegou a tempo
Sempre para nós ele chegou a tempo!
O motor estava quente
Provando que passou por tudo....mas chegou a tempo!
AQUIETA-ME SENHOR
Diminui as batidas do meu coração,tranqüilizando a minha mente;
Reduza meu passo apressado pela visão do eterno alcance do tempo;
Proporciona-me, entre as confusões do dia, a calma das montanhas perenes;
Abranda a tensão de meus músculos e nervos com o confortante murmúrio dos regatos que vivem em minha memória;
Ajuda-me a conhecer a restauradora magia do sono;
Ensina-me a arte de tirar férias de minutos, parando-me para olhar uma flor, conversar com um amigo, afagar um animal e ler algumas linhas de um bom livro;
Aquieta-me e inspira-me a lançar minhas raízes profundamente no solo dos permanentes valores da vida, para que eu possa crescer rumo às estrelas de meu destino maior.
Claudete Alves Eda
Reduza meu passo apressado pela visão do eterno alcance do tempo;
Proporciona-me, entre as confusões do dia, a calma das montanhas perenes;
Abranda a tensão de meus músculos e nervos com o confortante murmúrio dos regatos que vivem em minha memória;
Ajuda-me a conhecer a restauradora magia do sono;
Ensina-me a arte de tirar férias de minutos, parando-me para olhar uma flor, conversar com um amigo, afagar um animal e ler algumas linhas de um bom livro;
Aquieta-me e inspira-me a lançar minhas raízes profundamente no solo dos permanentes valores da vida, para que eu possa crescer rumo às estrelas de meu destino maior.
Claudete Alves Eda
Ainda somos tão jovens
Esse som me confunde
Entra em minha alma
Quase não acredito
Me traz dias felizes
Sonhos de minha vida
Serão os meninos de minha vida
Será verdade
Acho que não
Não há problema, é só ilusão.
Salva-me de minha ilusão
Sinto-me ok
Muitas pessoas me trazem sonhos
Muitos me avisam
Eu quase não acredito querem me salvar de mim mesmo
Querem que eu fique feliz
Me dão sonhos prontos como avisos
Muitas pessoas falam
Que em casos de salvação as procure
E eu digo, estou ok
Estranhos me dizem
Falam de uma vida feliz
Quase sabem de minha vida
Como sombras atrás de mim
Loucas pessoas com idéia de me salvar
Coitadas nem me conhecem
Procuram um lugar feliz para mim
Como um aviso
São sombras de minha vontade
Eu até queria acreditar nelas
Mas elas não sabem quem sou
Elas só querem me ajudar
Ahhh...coitadas, me sinto confusa
Sem problemas em relação as suas soluções
Eu não acredito nelas
Por minha responsabilidade
É minha responsabilidade
Como minha própria vida
Nem sabia que toda essa vida era minha responsabilidade
Mas a minha solução
Nesse tempo
Estou tão solta
Estou tão sem compromisso
Só com minha solução
Sou tão jovem!
Entra em minha alma
Quase não acredito
Me traz dias felizes
Sonhos de minha vida
Serão os meninos de minha vida
Será verdade
Acho que não
Não há problema, é só ilusão.
Salva-me de minha ilusão
Sinto-me ok
Muitas pessoas me trazem sonhos
Muitos me avisam
Eu quase não acredito querem me salvar de mim mesmo
Querem que eu fique feliz
Me dão sonhos prontos como avisos
Muitas pessoas falam
Que em casos de salvação as procure
E eu digo, estou ok
Estranhos me dizem
Falam de uma vida feliz
Quase sabem de minha vida
Como sombras atrás de mim
Loucas pessoas com idéia de me salvar
Coitadas nem me conhecem
Procuram um lugar feliz para mim
Como um aviso
São sombras de minha vontade
Eu até queria acreditar nelas
Mas elas não sabem quem sou
Elas só querem me ajudar
Ahhh...coitadas, me sinto confusa
Sem problemas em relação as suas soluções
Eu não acredito nelas
Por minha responsabilidade
É minha responsabilidade
Como minha própria vida
Nem sabia que toda essa vida era minha responsabilidade
Mas a minha solução
Nesse tempo
Estou tão solta
Estou tão sem compromisso
Só com minha solução
Sou tão jovem!
O poeta
Seu designo é observar absorver
Ser todos sendo ninguém
Ele é escriba, sem opinião, usando de todas as opiniões.
Viajando tranquilamente de mente em mente
Seu êxtase é ter todas as versões em suas mãos em seu papel
Desenha sentimentos em forma de símbolos adequadamente, com a destreza de formar o belo.
Sem abrir mão do feio, expondo sem pudor o que choca, pois não lhe diz respeito.
Nada lhe prende
Tem alma livre, presa em seu observatório.
Escondido atrás de sua obra fortalece-se
Sem ela é nu, é frágil é fraco.
Vive de ilusão de sombras de nuances
No silêncio de seus pensamentos elabora sua felicidade
Brinca com ela, muda de cor de lugar de imagem
Como rocha posicionada, presencia as águas correntes chocar-se ao seu encontro.
Arrebentando-se espumando, voltando a outra tentativa.
Imóvel ao choro das águas segue seu prazer, sua alegria.
Em paixão plena e eterna, leva em seus arquivos um amontoado de emoções.
Divide orgulhosamente e generosamente sua obra
Mas não sabe o caminho do seu próprio coração.
Rosa 15/02/007
Ser todos sendo ninguém
Ele é escriba, sem opinião, usando de todas as opiniões.
Viajando tranquilamente de mente em mente
Seu êxtase é ter todas as versões em suas mãos em seu papel
Desenha sentimentos em forma de símbolos adequadamente, com a destreza de formar o belo.
Sem abrir mão do feio, expondo sem pudor o que choca, pois não lhe diz respeito.
Nada lhe prende
Tem alma livre, presa em seu observatório.
Escondido atrás de sua obra fortalece-se
Sem ela é nu, é frágil é fraco.
Vive de ilusão de sombras de nuances
No silêncio de seus pensamentos elabora sua felicidade
Brinca com ela, muda de cor de lugar de imagem
Como rocha posicionada, presencia as águas correntes chocar-se ao seu encontro.
Arrebentando-se espumando, voltando a outra tentativa.
Imóvel ao choro das águas segue seu prazer, sua alegria.
Em paixão plena e eterna, leva em seus arquivos um amontoado de emoções.
Divide orgulhosamente e generosamente sua obra
Mas não sabe o caminho do seu próprio coração.
Rosa 15/02/007
Acorda amor
Peguei tua caneta
Usei teu papel
Emprestei teu caminho
Usei teus olhos
Lembrei da tua boca
Acomodei meu coração
Lavei minhas mãos
Fiquei com o olhar triste
Mas simples
Fechei a porta
Guardei minha alma
Atrás da porta
Olhei pra longe
E não te vi
Acorda amor
Vem te ver no meu papel
Chega perto
E veja como estou longe
Perceba como o dia é claro
Seja farto
Verifique o avesso
Pra que fique completo
Usei de paz
Essa eu já tinha
Acorda amor
Vem buscar o teu papel
Usei teu papel
Emprestei teu caminho
Usei teus olhos
Lembrei da tua boca
Acomodei meu coração
Lavei minhas mãos
Fiquei com o olhar triste
Mas simples
Fechei a porta
Guardei minha alma
Atrás da porta
Olhei pra longe
E não te vi
Acorda amor
Vem te ver no meu papel
Chega perto
E veja como estou longe
Perceba como o dia é claro
Seja farto
Verifique o avesso
Pra que fique completo
Usei de paz
Essa eu já tinha
Acorda amor
Vem buscar o teu papel
Tenho vergonha de mim (Rui Barboza)
Tenho vergonha de mim
... pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim,
pois faço parte de um povo,
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha importância,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.
... pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim,
pois faço parte de um povo,
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha importância,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!
De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.
Não percebi a chegada do outono. Mas eu sentia que estava embarcando numa nova estação: todas as árvores que (não) plantei, de repente, estavam nuas. E eu caminhava num tapete de folhas e flores. Os caminhos também se estreitaram e tive uma sucessão de perdas, ou melhor, tive uma sucessão de trocas. E assim, como toda pessoa que tem um coração pulsando, fiquei assustada demais com as mudanças. Mas agora já consigo perceber beleza na nudez de cada uma das minhas árvores prediletas. Elas apenas estão trocando de roupa enquanto eu troco de pele, tamanha cumplicidade.
Marla de Queiroz
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