Fim de Serafim
Fatigado
Das minhas viagens pela terra
De camelo e táxi
Te procuro
Caminho de casa
Nas estrelas
Costas atmosféricas do Brasil
Costas sensuais
Para vos fornicar
Como um pai bigodudo de Portugal
Nos azuis do clina
Ao solem nostrum
Entre raios, tiros e jaboticabas.
Oswald de Andrade
domingo, 6 de maio de 2012
Poema da Noite
Roberto Piva
Eu sou o garoto que se masturba
na montanha
Eu sou o tecno pagão
Eu sou o Reich, Ferenczi & Jung
Eu sou o Eterno Retorno
Eu sou o espaço cibernético
Eu sou a floresta virgem
das garotas convulsivas
Eu sou o disco-voador tatuado
Eu sou o garoto e a garota
Casa Grande & Senzala
Eu sou a orgia com o
garoto loiro e sua namorada
de vagina colorida
(ele vestia a calcinha dela
& dançava feito Shiva
no meu corpo)
Eu sou o nômade de Orgônio
Eu sou a Ilha de Veludo
Eu sou a Invenção de Orfeu
Eu sou os olhos pescadores
Eu sou o Tambor do Xamã
(& o Xamã coberto
de peles e andrógino)
Eu sou o beijo de Urânio
de Al Capone
Eu sou uma metralhadora em
estado de graça
Eu sou a pomba-gira do Absoluto
Roberto Piva
Eu sou o garoto que se masturba
na montanha
Eu sou o tecno pagão
Eu sou o Reich, Ferenczi & Jung
Eu sou o Eterno Retorno
Eu sou o espaço cibernético
Eu sou a floresta virgem
das garotas convulsivas
Eu sou o disco-voador tatuado
Eu sou o garoto e a garota
Casa Grande & Senzala
Eu sou a orgia com o
garoto loiro e sua namorada
de vagina colorida
(ele vestia a calcinha dela
& dançava feito Shiva
no meu corpo)
Eu sou o nômade de Orgônio
Eu sou a Ilha de Veludo
Eu sou a Invenção de Orfeu
Eu sou os olhos pescadores
Eu sou o Tambor do Xamã
(& o Xamã coberto
de peles e andrógino)
Eu sou o beijo de Urânio
de Al Capone
Eu sou uma metralhadora em
estado de graça
Eu sou a pomba-gira do Absoluto
Tenho sede, tenho fome
Como feito um bicho da lata do lixo.
Tenho sede,
Tenho fome...
Tomo água do riacho
Poluída feita o diacho.
Tenho sede, Tenho fome...
Não querem que eu seja humano.
Tenho sede,
Tenho fome...
Olham-me como um indigente
Tenho sede,
Tenho fome...
Apenas peço como gente.
Tenho sede,
Tenho fome...
Ofereceram-me os dejetos
Tenho sede,
Tenho fome...
Deram-me os restos
Tenho sede,
Tenho fome...
Não quero rejeitos.
Tenho sede,
Tenho fome...
Tomo água do esgoto feito um porco.
Tenho sede,
Tenho fome...
Tenho fome...
Que alegria! Vieram alguns e me deram água bem servida e comida.
Poty – 27/04/2006
Tenho sede,
Tenho fome...
Tomo água do riacho
Poluída feita o diacho.
Tenho sede, Tenho fome...
Não querem que eu seja humano.
Tenho sede,
Tenho fome...
Olham-me como um indigente
Tenho sede,
Tenho fome...
Apenas peço como gente.
Tenho sede,
Tenho fome...
Ofereceram-me os dejetos
Tenho sede,
Tenho fome...
Deram-me os restos
Tenho sede,
Tenho fome...
Não quero rejeitos.
Tenho sede,
Tenho fome...
Tomo água do esgoto feito um porco.
Tenho sede,
Tenho fome...
Tenho fome...
Que alegria! Vieram alguns e me deram água bem servida e comida.
Poty – 27/04/2006
Se eu pudesse
Se eu pudesse te abraçava,
Beijava
Acalentava...
Colocava-te no colo
Ardente desejo...
Apimenta essa imaginação
Far-te-ia o que mais queria
Chega bem perto de mim...
Sinta o calor no meu peito pulsar o meu coração pelo teu.
Querer a tua excitação em troca da minha...
Ser teu amante como se fosse seu...
Babo como um cão no cio,
Cheirando o odor que enlouquece os meus brios.
Poty – 29/06/2006
Órbita Literária
— com Ana Cardoso, Raimundo Poty, Jaqueline Pivotto e Vinicius Todeschini em Aristos London House. Outros participantes.
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