domingo, 13 de novembro de 2011

É preciso

É preciso amor para corresponder
É preciso vida para viver
É preciso razão para saber
É preciso emoção para apaixonar-se
É preciso solução para resolver
É preciso amigos para conviver
É preciso paixão para o fogo acender
É preciso colo para o carinho atender
É preciso sofrer para acolher
É preciso dor para entender
É preciso acolher para sentir
É preciso gritar para ser ouvido
É preciso fazer para ter
É preciso ser amigo
É preciso ser
É preciso ter sem abusar
É preciso...
Poty - 29/03/2008

A flor da pele




... A flor da pele...
Da sua flor na pele
A pele na flor
Vai à dor
Que fica o odor
Sem se opor
Vai pondo a minha cor
Sem se expor
Vem com a tua
Vou com a minha
Rolando sem dispor
Expondo sem rancor
E sem pudor...
Foi gostoso
É gostoso
Estar gostoso
Ficará gostoso...
Tudo depende de tudo
E não fico querendo a chibata para me penitenciar
Poty – 25/03/2008

Madrugada




Madrugada é a essência das fantasias e desejos que despertam numa velocidade que a mente não esconde...

Faz-nos viajar onde não se pode chegar...

Remete-nos a loucuras que a noite tem...

Num lance que se imagina...
Vai chegando o dia
Com o sol batendo no corpo,
Mas espera-se dela
Como se fosse a Deusa
Com sua inocência,
Mas descaradamente
Sendo eterno deslumbre
Que penetra em nossa mente
A penumbra
Que dela recai sobre os infiéis,
Também os fies...
Entre os traídos e traidores,
Mas todos gostam
Deste frenesi...
Ela ficou para os amantes/amado-desalmados
Loucos insanos,
Mas com danos, desenganos,
Não será engano
Porque queremos viver
Do que ela trás.
Poty – 22/032008

Páscoa

Páscoa é libertação,
É vida nova,
É reconciliação,
É ver o outro como irmão,
É amor em si e nos outros também;
Páscoa é momento de refletir o ano vindouro,
É festejar a colheita...
Os frutos do trabalho;
Páscoa é dizer sim e também não...
Quando não se tem resposta de um mundo sem guerra,
Mas lutemos por paz.

Páscoa é momento de comer chocolate.

Páscoa é fertilidade representada pelo coelho por ser um animal muito fértil... Por isso brindemos à páscoa.
Poty - 22/03/2008

Outono



Dias melancólicos,
Mas de amor também

Dias inspiradores

Noites mais longas
Sol ameno
Tristeza vem

Brisa, vento
Neblina também

Folha no chão...
Um tom amarelado,
Mas um momento alado

Deixemos que chegue
E tiremos o que convém

No aconchego dele
Seremos amor/melancolia
Sem deixar a tristeza tomar
Conta do seu frio que faz bem
Poty – 20/03/2008

O mar




Entre tuas ondas
Teu vai e vem
Fico a imaginar
No alto mar...
Quanto és grande,
Colossal!
És capaz de engolir,
Derrubar grandes navios
És imenso!
Não tem quem te segure
Tu te agigantas
Dás muito medo!
Tu levas seres vivos...
Peixes, baleias, tubarões...
São tantos que nem sei contar!
Tu és capaz de derrubar
Tudo que encontra pela frente.
Nesta tua imensidão
Deixa-nos extasiado!
Ficamos olhando para o teu horizonte
Vendo o sol nascendo
A lua surgindo
Vai a tua procura
E continuas lá!
Vens até nós
Ou talvez nós até ti...
Mas continuas lá,
Forte
Aguerrido
Soberano com os Deuses titãs
Poty – 20/03/2008
Vida de poeta é assim

Ora está vagando
Ora está perdido...
Ora é insano
Ora se acha
Ora fica fora
Ora fica dentro
Ora viaja
Viaja...
São tantas emoções...
Ora deseja
Ora fantasia
Ora deixa a toa
Ora não quer saber de nada
Ora chama
Ora quer todos ao seu redor...
Ora que ficar sozinho
Ora foge do mundo
Ora quer ficar com ele...
Ora fica em silêncio,
Ora grita nos versos,
Ora sai,
Ora se esconde...
Ora fica a observar,
Ora fala sem contar,
Ora vai longe,
Ora a mente diz tudo que não quer calar...
Ora ninguém entende,
Ora ele deixa pra lá,
Ora vai esperando que um dia aconteça...
Ora vai ficando sem esperar.
Ora chora
Ora reclama
Ora sorrir
Ora fica a refletir...
Ora nem dá bola
Ora nem quer saber do óbvio...
Poty – 19/03/2008

Mistério...


Mistérios da meia noite
Que se escondem ao sol raiar

Mistérios que no dia
Ficam na mente
No obscuro sentimento
Sem querer avisar

Mistérios guardados na tumba
Feito tesouro a ser descoberto

Mistérios que marcam

Mistérios que subjugam

Mistérios que não atendem os anseios

Mistérios de alguém
Que se escondem nas catacumbas do além

Mistérios que se revigoram

Mistérios que vão embora

Mistérios/ mistérios que se tenta,
Mas não consegue...
Continua sendo mistérios para uns
E outros descobrem
Poty – 14/03/2008

A amizade deve continuar



Chegam
Aparecem...
Num bate papo
Querendo saber:
Como somos
Se solteiro,
Casado
Que idade se tem...
Depois começa
A amizade...
Vai muito além...
Beija-me
Abraça-me
Satisfaz a sua vontade
E some como se não tivesse acontecido nada
(sem deixar rastro)
Vivo a perguntar:
O que adianta se
A marca ficou?!
Apareça para conversar!
Tem que saber lhe dar com as situações desejadas...
Pelo menos ser amigos

O que foi feito não se apaga mais.
Será a nossa marca.

Fizemos por desejos, fantasias e paixão...
Foi uma opção
E não por obrigação.
Por isso é bom ficar com o que restou.
Poty – 12/03/2008

O povo na luta


O povo querendo resolver sua situação...
Saiu de suas casas
Desceu o barranco...
De madeira nas costas,
Martelo em mãos,
Serrote na outra,
Barraca,
Lona preta
E segue com determinação

Vai descendo em fila indiana
Atravessando mato
Não tem outro jeito,
Mas vão seguindo o caminho
Para fazer o que se decidiu
E garantir melhor vida a todos da associação.

Vão ocupar a área para resolver na pressão
Porque não tem como esperar a inoperância
Do prefeito que já tem a solução.

Estão chamando atenção porque não querem
Ser soterrados em suas casas
Sabendo que tem o projeto a ser feito...

Neste dia ocuparam o que é seu
E vem a Brigada de arma da mão
Soltando piada
Se achando donos da situação...
Foram embora porque não tinham nada o que fazer,
Mas veio a guarda municipal
E ficaram em negociação...

... Só sairemos quando vir a resolução.

O governo não deu resposta
Ficamos a fazer pressão.
Não venha dizer que estamos errados
Porque eles têm o projeto em mãos.

Foi o dia bom...
Parecia um oásis.
O povo precisa
De um lugar para viver com dignidade
E não relegados a triste oblação,
Mas querendo o que é de direito...
Que é a sua nova construção...
Todos querendo construir uma nova casa para viver de bem com a vida...
Nada de resposta.
Como se nada tivesse acontecido.

Via-se crianças se aproveitando do espaço como se fosse sua liberdade
Porque onde estão não tem como brincar.
E neste lugar tem árvores...
Armou-se rede
Correu-se
Rodas de bate papo...
Chimarrão,
Comida,
Churrasco
E diversão

Além da luta
Teve-se momento de libertação
Vão continuar a pressão
Para saírem do risco de vida
E terem qualidade de vida
Na área destinada à nova morada
Que será a melhor solução
Poty – 10/03/2008

Mulheres

Elas são sensíveis
Mas lutam com unhas e dentes
Elas vão vivendo diante do sofrimento que lhes impõem

Elas sabem criar a prole que deram
Elas vivem sós
Mas, não porque querem...
Foram levadas a labutar

Elas choram,
Elas sorriem,
Elas dançam.
Elas festejam as suas angústias,
Elas agonizam
Mas, sabem se sair com altivez.

Elas assumem
E não têm medo
Mas com receio vão continuar
O que o homem não terminou

Elas mimam,
Elas dão carinho
E, elas querem também.

Elas são determinadas
E seguem seu caminho
E, marcham em prol da justiça.
Por causa da sua dor
E da dos outros também.

E, marcharão de bandeira em pé.
Lutando por seus ideais
Sem para trás deixar jamais
A sua ternura de ser mulher.
Poty – 07/03/2008

Com você, por você

Com você vou passar dias maravilhosos,
Com você passarei uma tarde sem limites,
Com você não cansarei,
Com você não saberei aonde ir,
Mas vou sem perguntar;
Com você estarei pronto sem querer reclamar,
Por você nado rios,
Mares,
Oceanos para te ajudar;
Com você viajo,
Fantasio um mundo sem agonizar,
Com você vou onde ninguém foi,
Com você deixo tudo e sigo o caminho de espinhos,
Mas ao final te dou um jardim de flores...
Por você vou além...
Por você fico a espera sem querer olhar a quem...
Com você atravesso tempestades e te protegerei da ressaca...
Por você nem sei mais o que faço...
Já perdi a conta porque não se calcula o meu amor por ti.
Poty - 07/03/2008

Fugir

Porque fugir
Não tem para onde ir

Não se tem o que esconder
Não adianta correr
Não vai escapar,
Mas proceder ao que se passa no mundo

Não escapa do que se comete

Fugir do que não serve,
Mas provar daquilo que é proibido

Esquivar quando pode,
Mas não por causa do que não se fez
E nem do que se pratica...
Assumir sem evitar

Fugir não adianta...

Um dia vai ser pego
Com a boca na botija
Ou com as mãos,
Talvez com os pés
Ou com o corpo todo

Corre, corre e não consegue esquivar-se...

Vive-se num eterno escapar...
Um jeitinho aqui
Uma escapadinha ali
Uma mentirinha para aliviar a dor
Uma verdade absoluta para esconder...

Vive-se escondendo do que se faz
Colocando-o no baú a sete chaves,
Mas sem conseguir jogá-las ao fundo do mar
Porque não tem como impedir
Poty – 29/02/2008

Meu homem filho/filho homem



Vai passando o tempo
Você crescendo

... Chegando uma época...

Um momento de tua transformação...
De menino para adolescente...

... Mudanças no corpo e na mente

Vamos ter conversas diferentes,
Mas cada um com seus limites humanos

Seremos pai/filho, filho/pai...
Mais muito do que isto
Seremos amigos para sempre
Poty – 17/02/2008

Retorno

Viveremos noites
De núpcias
Como se fosse à primeira vez...

Imaginar
Fantasiar
Desejar

É a essência do amor
Entre a gente

Vamos nos acasalar
Toda vez como se não tivesse presente
Num retorno eternamente

Retornar é o âmago
Da atração que nos move
Na vida
E nos faz ser amantes para sempre
Poty – 17/02/2008

Calcinha




A escolha é tua...
Pode ser uma por vez,
Uma por dia,
Mas queria todas em uma só vez...
Pode ser todo o dia
Usando uma por vez

Eu a observar
Talvez as tirando
Com a boca
Com os dentes
Com as mãos,
Quiçá com os pés!

Serão lindas em ti

Excitando com tua marca
Com teu jeito
Dançando para mim
Poty – 17/02/2008

À volta

Volta...
Viagem com destino certo...

Vai chegando
Voando de volta

Faz seu ninho aonde chega,
Mas volta ao seu cantinho

Vem de volta de uma
Viagem de dias contados,
Mas a vontade é ficar
Por causa do oásis
Que encontrou...
Retornou pelo que deixou
Poty – 17/02/2008

Tempestade

O tempo escurecia
O vento circulava...
Barulho se fazia...
Balançava árvores
Balançava a vida
Lavava a alma
Trovejava
Relampeava
A chuva caia
A sujeira se ia
E levava o que se escondia
O escuro do tempo que se fazia...
Era chuva que o calor transformou em sua harmonia
Vai vento forte
Carrega toda nossa indecência
Chove pedra
Que deixa em agonia,
Mas leva toda nossa imundice
Poty – 09/02/2008

Quero ser teu...

Quero ser teu gelo para esfriar o teu calor,
Fazer a reação térmica entre o teu fogo e gelo que acalma

Quero ser teu macho para te fazer,
Satisfazer-te
Deixar-te como nunca ficou...
Ser o teu escravo na cama
Para te fazer mulher/dama

Quero ser teu como nunca você teve outro...
Para te tocar como nunca foi tocada,
Acariciada,
Desejada...

Quero ser teu para você fazer tuas fantasias
Sem hipocrisia...
Ser teu homem abominável,
admirável
Que te faz estripulias

Quero ser teu para amar-te!

Quero ser teu para fazer de você menina
Que desatina...
Treme de tanto ver o que se destina
De um homem que faz calar pela retina

Quero ser teu de qualquer jeito
Sem reclamar do teu peito
Vou te dar colo e respeito,
Mas quero com todos os defeitos!
Quero-te para todos os momentos que não fizemos...
Pode ser o que não podemos,
Mas nós queremos
E faremos neste instante
Que seja inebriante, excitante...
Como queria que não acabasse aqui,
Mas quero ser teu!
Poty - 06/02/2008

A distância que faz lembrar

Você bem longe
Eu aqui,
Quanto mais longe
Sinto mais próxima...
Como se fosse uma eternidade a tua viagem...
Vem logo!
Que te amarei para sempre,
Como se fosse o começo...
Iniciando outra vez
E não deixar que a rotina tome conta,
Mas fazer dela a novidade de um novo amanhã

Não me deixe aqui...
Você bem longe,
Eu num mundo sem fim,
Mas vai acabar logo ali...
Conto os dias que faltam!
Não sei o que fazer mais,
Mas não perco a esperança
De que terás meus braços
E terei os teus.
Poty – 05/02/2008

Medo

Não devemos ter medo do outro, mas da maldade que o trai;
Não devemos ter que fugir, mas seguir;
Não devemos ter medo da liberdade, mas da prisão;
Não devemos remediar, mas arriscar;
Não devemos se esconder por causa do amor, mas por causa da violência;
Não devemos se esconder da vida, mas do que se acaba;
Não devemos ter medo da solidariedade, mas da indiferença;
Não devemos ter medo dos seres, mas da banalidade que as impõem.
Poty – 10/01/2008