segunda-feira, 30 de abril de 2012

Casa na areia





Casa soterrada

O vento leva

Areia vem
Areia chega

E encosta na casa

O teto

Telhas de cerâmica

Fica a vista

É onde moro

Não tenho pra onde ir

Serei levada pela areia

Arrastada

Ela corre

Circula

A minha casa também

Vai coforme as dunas

Teimosa como Ela

Permanece intacta

O Morro e Ela

Poty – 30/04/2012




Poema "FELICIDADE DENTRO DA GENTE"


Um poema pra gente.



Vou me encher de ternura

... pensar na flor, na tanajura

nas calçadas riscadas de giz

onde pés infantis pulam descalços.



Vou me encher de silêncio

e ouvir o barulho escondido

lá no fundo do ouvido

da minha melhor gargalhada.



Vou me encher de felicidade

e saber que nessa idade

ainda há gente ternura,

gente sorriso,

gente amizade.



Rosa da Rosa*
Me contorcendo por dentro


Gemendo em silêncio

Uma luta interna sem precedentes.

Agonia sem resposta

Sem querer parar...

Um furacão

... A milhão...

Sem milhas

Num velocidade sem fim

Ultrapassa barreiras...

Barreiras não existem

Não se encontra resposta

Adrenalina toma conta de meu corpo,

Ferve

Me arremessa num mundo desconhecido

É complexo este meu desejo louco

Alucinado


Poty 29/04/2012
In “A Solidão da América Latina”


Discurso proferido quando recebe o Nobel de Literatura, 1982.


“Ouso dizer que é esta desproporcional realidade, e não apenas sua expressão literária, que mereceu a atenção da Academia Sueca de Letras. Uma ...realidade não de papel, mas que vive dentro de nós e determina cada instante de nossas incontáveis mortes de todos os dias, e que nutre uma fonte de criatividade insaciável, cheia de tristeza e beleza, da qual este errante e nostálgico colombiano não passa de mais um, escolhido pelo acaso.

Poetas e mendigos, músicos e profetas, guerreiros e canalhas, todas as criaturas desta indomável realidade, temos pedido muito pouco da imaginação, porque nosso problema crucial tem sido a falta de meios concretos para tornar nossas vidas mais reais. Este, meus amigos, é o cerne da nossa solidão.”

In “A Solidão da América Latina”

Discurso proferido quaNdo recebe o Nobel de Literatura, 1982.

De: Projeto Releituras
 
“Certos namorados brigam dia sim, dia não. Na sexta se amam, no sábado se odeiam, no domingo fazem as pazes, na segunda prometem nunca mais se ver. São amores movido à adrenalina, que rendem bons versos e letras de música. Muito destes casa...is conseguem chegar ao altar e continuam entre tapas e beijos até as bodas de ouro. Brigam e voltam tantas, mas tantas vezes, que na verdade nunca chegam a se separar. Deixe que digam, que pensem, que falem. O amor é lindo.”

Martha Medeiros