quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

abandonado

Foste abandonado
Teu nome trombadinha
Tua morada o submundo
As calçadas tua cama
Papelão teu lençol
Alimento, o Crack.
O Consolo, a cola.
O amigo, o traficante que te obriga a traficar.
O troco, o roubo para sobreviver.
O que fazer?
Foi abandonado
Restou a violência
O amor, palavra vazia sem saber decifrar, nem deu tempo de aprender.
Poty – 02/01/2012

Estranho

Toc toc toc toc
Licença!
Permita-me entrar em tua casa?!
Com toda sutileza
No teu aconchego

Olá!
Cheguei!
Deixa-me
Entrar
Vai!

Sou eu!
Não sou estranho no seu ninho
Seu amigo com carinho!
Poty – 04/01/2012

Acelerado


















Sou acelerado!
A minha mente sempre além do tempo que vivo
Tão rápida
d’uma fertilidade abundante
Tudo que me contorna faz-me acelerar
Poty – 08/02/2012

Desnuda

Desnuda a tua alma,
Desfaz de tuas roupas como criança,
Teu corpo descoberto de tabu,
O preconceito despareça...
Despida tua mente
De toda condição humana
Que te faz aborrecer.
Correr dentro ti
A vontade de despir-se
E tornar-se
Mulher.
Poty – 16/02/2012