sábado, 9 de maio de 2015

Parou

Parou quando o ato se fez
Andava pensando que tava voando
Poty – 31/05/2014

Caído

Ali, caído feito morto, transfigurado parecia que levitava, não e não flutuava como se fosse ressuscitar.
Poty – 31/05/2014

As Damas



Umas sentadas e outras ao redor da cama 
Jogando cartas querendo saber quem era a bela dama
Discutindo quem era o Valete, o Rei se era Paus, Ouro, Espada ou Copa.
Numa sensibilidade sem ao menos notar que se desfizeram de pensamentos despudorados.
Poty – 28/05/2014

Ufanista

Sendo ufanista, mas nostálgico com o mundo que não é meu e nem seu.
Real com ele porque não me serve.
Faço o que não estar escrito, dito e tampouco proscrito.
Não sou deste e nem do outro, apenas sou eu neste mundo dos infelizes, felizardos ou não.
Sou a palmatória que amarga à dor na mão.
Viajo sem a perspectiva de querer percorrer a outra forma de ser.
Aprendi a viver comigo, ora sozinho ora com vários e esses vários parece às vezes ninguém.
Continuo aprendendo e detalhando e tirando para nada.
Para quê conclusões, ilações, pretensões e acusações se nem pretendo manifestar.
Quero continuar assim, sendo – viajado - viajante – errante – no – meu – mundo - e - no - mundo – dos - errantes.
Poty -28/05/2014

Renovar



Ficar e estar aberto às novas situações, aos momentos que surgem sem menos esperar, as oportunidades e as emoções vindas e não deixar cair em monotonia é revigorar todo dia.
Poty – 26/05/2014

Curtir teu corpo

Qualquer dia desses vou querer te ver bem de perto e
Sentir sua respiração
Apreciar teus lábios sem tocá-lo
Teus olhos e fitá-lo
Ver tuas silhuetas e acariciá-la
Tuas pernas torneadas
Sentir seu coração pulsando
Perceber tremendo e segurá-la
Pegar você todinha
Sentir em meus braços
Acuá-la em meus pensamentos
Ampará-la sobre mim
Ficar com seu corpo por inteiro sem lhe dar beliscão, apenas curtir sobre o meu.
Poty – 25/05/2014

Flor no domingo



Para o domingo ficar mais florido e alegre, sem ser enfadonho.
Poty – 25/05/2014

Em êxtase

Em êxtase total 
Voava perdendo a sua percepção
Se desfazendo da astúcia e
Sem noção do tempo com sua viaje metafísica 
Libertava o corpo de seu alento
Pedalando em busca da estação
Poty – 24/05/2014

Imagino

Imagino imaginando
Quanta imaginação
Santas e endiabradas fantasias
Sem embromação
Despir-se 
Se despede
Poty – 23/05/2014

Na contramão

Ir à contramão
Com a mão
Na vazão
Com visão
De querer o proibido
Ou o não?!
É na contramão que se faz o melhor...
Porque se nada contra a maré...
Não se muda, mas altera o meio e o caminho.
Poty – 23/05/2014

Seu calor

Quero seu calor em mim
Passando por cima de mim
Rolando comigo
Saboreando
Rastejando sobre meu corpo
Farejando seu perfume
Teu entorno com contorno
Poty – 23/05/2014

Despedida

Como você se foi, eu vou também.
Não responde, não vou atrás.
Nem dá a mínima 
Vou seguir meu rumo
E nem pergunte o motivo
Não precisa.
Poty – 22/05/2014

Suada

Segue suada
Molhada
Atrevida
Sensual
Amostra pra mim
Poty – 21/05/2014

Farta

Ela sendo minha guloseima
Eu tendo gula
É a gula que quero
Gosto da sua farta fartura
Poty – 19/05/2014

Olhar



Este olhar me penetrou 
Perseguiu minhas vontades 
Vigiava-me sem interromper
Revigorava a cada passe meu
Atento ao meu
Poty – 19/05/2014

Sentados

Nós sentados num bom papo, de braços dados curtindo a garoa passar e de mãos entrelaçadas almejando o tempo passar sentindo o prazer de estarmos juntos.
Poty – 18/05/2014

Se toncando

Imagino você toda aberta 
Metendo o dedinho 
Num vai e vem alucinado
Segue intensamente 
Intimamente sem pensar em nada 
Apenas se tocando como nunca foi tocada
Poty – 17/05/2014

Doeu

Doeu
Gemeu
Gritou
Delirou
Uivando ficou
Entre quatro paredes
Poty – 17/05/2014

Calor no debate

No calor do debate...
Um debate sensual
Caloroso 
Suado
Molhado
Misturado de razão e emoção
Firme em suas posições
Destravado de sentimentos raivosos, sentimental, sem preconceito nenhum.
Poty – 17/05/2014

Mãos que acertou

Mãos que me acertou
Cravou
Destravou
Senti em mim
Penetrou firmemente com tuas mãos
Ficou a marca
Cravou-me
Poty – 17/05/2014

Banho acalentoso

Eu quero este banho acalentoso
Ensaboado 
Molhado
Escorrendo neste corpo nu
Poty – 17/05/2014

A Praça em êxtase



Sobre os bancos caia pingos de chuva
Folhas levadas pelo vento
Estáticas as molhadas
Névoa entre os galhos 
Perpassam as árvores
A praça sem ninguém
Apenas a garoa, os bancos, árvores (com seu verde lodo, amarelo amarrotado, avermelhado) e a cerração (cinza) e pedras escuras sentido a chuvarada em seu chão.
Charmosa Praça sua harmonia com precisão e outono se fez com toda sua graça.
Poty – 16/05/2014

Ensaio na Cama



Ela transcendeu na cama
Além de sua harmonia
Foi-se o toque
Sem imaginar malícia
Foi sintonia
Música e corpo
Poty – 16/05/2014

Fica descontrolada

Eu a desconcerto 
Fica descontrolada
Querendo fugir para longe de mim
E ao mesmo tempo querendo ficar perto de mim
Seus pensamentos ficam enovelados
Sem sentido
Sou seu descontrole
Poty – 15/05/2014

Celebra a vida

Cada momento da vida tem que ser celebrado por estar vivo.
Poty – 15/05/2014

Desgarrado

Desgarrar
Descola
Se solta
Viaja sem frescura
Larga 
E corre
Flutua livremente
Poty – 15/05/2014

Se vamos morrer

Para quê se vamos morrer... 
Sofrer antes do tempo e nem no próprio tempo...
Chorar sorrir 
Sorrir chorar até enquanto viver...
Poty – 15/05/2014

Sua forma 
Seu jeito 
Sentada 
Deitada
Andando
Ansiosa
Seja como for, voluptuosa. 
Poty – 15/05/2014

Baianas

As Baianas 
Em sua roda dança
Vende acarajé
Abará 
Vatapá 
Vai a sua tenda de terreiro
 Para seu Babalorixá
Vivendo na dança do candomblé
Poty – 14/05/2014

Dança comigo

Vem dançar comigo, vem?! 
Te pego pela mão ergo o teu braço e te agarro a outro te pega pela cintura saímos no salão a flutuar e não vamos parar.
Poty – 14/05/2014

A barbárie

Estamos vivendo nos tempos da intolerância, indiferença e banalidade como se fosse a única arma de salvação da sociedade.
Para mim, a salvaguarda é não violência, a conversa, a troca de ideias, círculos de paz trazendo junto à arte (cultura) e não só nos chamados lugares inseguros, como: favelas, periferias, palafitas, os morros e sim também onde estão os ditos incluídos. 
Estamos assistindo na TV e outros meios de comunicação como se fosse um circo em troca de pão (na época dos gladiadores, do império romano) por diversão com pouco de sadismo, me parece que estamos na barbárie, me lembra da época de caça as bruxas; tipo o filme: “As Bruxas de Salém”.
Nos meios de comunicação passa-se linchamentos, descasos, assassinatos e ficamos ali, assistindo e os comunicadores sendo juízes, esse sim deveriam buscar ser mais imparcial ou que seja parcial procurando desenvolver a tolerância e não mais rancor porque estão ajudando os sádicos, a barbárie como se fossem juízes fazendo a chamada justiça com as próprias mãos e assim matando inocentes neste coliseu chamado sociedade.
Tem os que se acham os Senhores da verdade absoluta, os que não aceitam e ficam calados (em cima do muro), para mim são os piores, porque pensam que não tem nada a ver com estes acontecimentos e são problemas do outros e assim deixando impunes os algozes.
Antes de ver os monstros dos outros vejam os seus talvez sejam piores dos que estão condenando sem o direito de justiça, sem o direito de resposta e devemos ficar só olhando como se tivesse num museu apreciando. 
Os que são contra a esta barbárie não devem se calar, ficar meramente assistindo como espectadores, deve sim se unir dar um basta, deve buscar a mudança como forma real de vida, dando exemplos e temos belos exemplos a seguir.
Não ficar somente esperando pelo Estado, mas toda sociedade por é fácil pro a culpa nos outros, cada qual em que fazer sua parte e temos boas experiências e exemplos para superar a intolerância, banalidade, indiferença e devemos seguir estes exemplos ou organizar e implantar todos possíveis que supere a barbárie. 
Poty – 11/05/2014

A nação de dois

O que importa neste momento e formamos uma nação que será Eu e Você, nós vamos ser a própria guerra sem violência, seremos a paz quando começarmos a guerra de travesseiros.
Seremos a nação entre nós dois. 
Somente nós.
Será uma grande nação.
Terá negociação, conquistas.
Serei sua conquista e você a minha.
Seremos livres, não tem condenação.
Nós somos os atos, os fatos e faremos o que for preciso para permanecer esta nação.
Não tem política errada, somos o acerto entre nossos braços.
Continuaremos firmes diante abalos e abalados afirmaremos a nossa convicção atados em nossos corpos.
Viveremos a nação de dois, nós dois, só nós.
Poty - 10/05/2014

Leva-me

Leva-me 
Quero estar juntinho de ti em sua cama...
Seu ninho
Seu leito natural
Esquentar-te 
E esquentar-me também
Poty - 10/05/2014

Sono

Nem posso ajudar 
Ou posso
Ou não quer ajuda
Só quer dormir
É incontrolável
Poty - 09/05/2014

Tua voz

Quero ouvir tua voz
Gemendo
Curtindo-me

Quero teu corpo
Tremendo de prazer

Quero tuas pernas
Bambas 
Num treme/treme
Balançando sem noção

Quero ter atenção 
Nas tuas entranhas
Molhada
E adentrá-la 

Quero pegar 
Tuas ancas
E acariciá-la
Poty - 08/05/2014

Ser dengosa

Fascinante ser dengosa
Dar dengo
Sentir de perto
Ouvir o gemido
Sentir o carinho acalorado
Não deixar ir
Apertar
Acalma-se com este dengo
Poty - 07/05/2014

Cansado

Cansado não sabia mais o que fazer... 
Se dormia
Ou sentava...
Ou ficava escrachado no sofá.
Só sei que não queria fazer nada
O cansado me consumia
O desanimo me dominava
Poty - 07/05/2014

Calar-me

Prefiro calar-me
diante o não,
se eu for falar
pode ser que direi
algo que não goste.
Poty - 07/05/2014

Em teus braços

Descansando em teus braços
o sono me liberta
é descanso sensorial
me dar uma sensação de leveza
continuo em teus braços
com a leveza de meu ser
Poty - 07/05/2014

A noite

A noite
surgiu
para deter
o dia
ficou em devassidão,
ai veio
as estrelas
e a lua
para conter 
a escuridão.
Poty - 06/05/2014

Belos olhos

Belos olhos
Olhão 
Lindos
lindão...
Fisguei 
Fisgado fiquei
Olhos que olhei
Poty – 05/05/2014