domingo, 24 de maio de 2009

Entre grades








Vivo no meu refúgio
Por causa das mazelas
Que criei.

Não é obra do acaso!

É o subterfúgio
Do mundo maldito
E não obra de qualquer Deus,
Sim de nossas artimanhas.

Somos prisioneiros
De nós mesmos.

Criamos nossos muros,
Nossas grades
As nossas muralhas
E não sabemos como fugir delas!

Escolhemos os que vão para o gueto
E quem serão os donos das armações, das mansões
Armados de unhas e dentes e depois querem que aja paz,
Mas a guerra ta feita dentro de nossas prisões.

Seremos o próprio véu
Da violência entre nossos
Arranhas céu, condomínios, favelas, palafitas, mangues
Ribeirinhos etc. etc. etc. etc.
Poty – 23/05/2009