quarta-feira, 15 de abril de 2009
Hoje sou ausência
Não adianta nem me contar
Nem quero saber
E daí o problema é teu
Deixa-me no meu canto quieto
Não quero ouvir
Hoje sou vazio
Hoje sou silêncio...
Silêncio que acalma minha podridão
Acalma minha insatisfação
Não quero falar...
Falar pra quê?!
Hoje é meu dia de fúria
Desconverso
Dizendo
Nem sei por que,
Mas cá no meu oculto desejo
Quero ser rude
Hoje quero ser selvagem
Quero a solidão
Quero sofrer nem que seja por um dia
Seja hoje o dia de cão
Não me importo com o dia de amanhã
Quero hoje e nada mais...
Se for hoje que seja!
Serei o teu algoz
Deixa-me viver este momento...
É só meu!
Se quiseres ir
Que vá!
Deixe-me!
Por favor, vá embora!
Hoje serei indiferente
Com a tua arrogância
Você se acha pobre mortal...
Os vermes hão de fazer por mim
O que não fiz -
Vão te estraçalhar feito carniça -
E eu há de sorrir com a tua desgraça
Não quero saber de teu choro –
Mereceste –
Chore até a última gota
Não vou sentir nenhum dó
Que sinta tua dor
Hoje quero ser teu carrasco
Eu vou ser a guilhotina
Serei a corda no teu pescoço
Darei o nó e puxarei sem dó e piedade
Hoje sou a penúria
A própria morte
E não me venha pedir perdão
Hoje sou a mão que te arrebenta
Não deixarei vestígios
Serei o próprio segredo
Hoje é um dia sem fim
Não quero meio
Você será o início
Abusarei de ti
Como nunca foi achincalhada
Eu sou a regra,
O ditador!
Hoje sou teu calabouço
O buraco que vai te enterrar...
A tua sepultura
Hoje não tenho remorso
Serei a tua ferida -
Mordida –
Não deixarei cicatrizar
Hoje não quero saber de ninguém
E nem de mim
Poty – 04/03/2009
Assinar:
Postagens (Atom)