domingo, 1 de abril de 2012

O poeta

Seu designo é observar absorver



Ser todos sendo ninguém

Ele é escriba, sem opinião, usando de todas as opiniões.

Viajando tranquilamente de mente em mente

Seu êxtase é ter todas as versões em suas mãos em seu papel

Desenha sentimentos em forma de símbolos adequadamente, com a destreza de formar o belo.

Sem abrir mão do feio, expondo sem pudor o que choca, pois não lhe diz respeito.

Nada lhe prende

Tem alma livre, presa em seu observatório.

Escondido atrás de sua obra fortalece-se

Sem ela é nu, é frágil é fraco.

Vive de ilusão de sombras de nuances

No silêncio de seus pensamentos elabora sua felicidade

Brinca com ela, muda de cor de lugar de imagem

Como rocha posicionada, presencia as águas correntes chocar-se ao seu encontro.

Arrebentando-se espumando, voltando a outra tentativa.

Imóvel ao choro das águas segue seu prazer, sua alegria.

Em paixão plena e eterna, leva em seus arquivos um amontoado de emoções.

Divide orgulhosamente e generosamente sua obra

Mas não sabe o caminho do seu próprio coração.



Rosa 15/02/007

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