Seu designo é observar absorver
Ser todos sendo ninguém
Ele é escriba, sem opinião, usando de todas as opiniões.
Viajando tranquilamente de mente em mente
Seu êxtase é ter todas as versões em suas mãos em seu papel
Desenha sentimentos em forma de símbolos adequadamente, com a destreza de formar o belo.
Sem abrir mão do feio, expondo sem pudor o que choca, pois não lhe diz respeito.
Nada lhe prende
Tem alma livre, presa em seu observatório.
Escondido atrás de sua obra fortalece-se
Sem ela é nu, é frágil é fraco.
Vive de ilusão de sombras de nuances
No silêncio de seus pensamentos elabora sua felicidade
Brinca com ela, muda de cor de lugar de imagem
Como rocha posicionada, presencia as águas correntes chocar-se ao seu encontro.
Arrebentando-se espumando, voltando a outra tentativa.
Imóvel ao choro das águas segue seu prazer, sua alegria.
Em paixão plena e eterna, leva em seus arquivos um amontoado de emoções.
Divide orgulhosamente e generosamente sua obra
Mas não sabe o caminho do seu próprio coração.
Rosa 15/02/007
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arial