domingo, 1 de abril de 2012

Nunca conheci quem tivesse levado porrada
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo e eu, tantas vezes reles, tanta vezes porco, tanta vezes vil
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, indesculpalvemente
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas
Que me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Fernando Pessoa

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