domingo, 18 de janeiro de 2015

Fui pego



Fui pego (eu me flagrava) olhando para aquele sorriso estonteante feito criança sem malícia.
 Eu falava comigo mesmo: que sorriso!
Deixa-me sem noção, fui flagrado olhando sem parar, eu mesmo era roubado, era de assalto nem em dava conta que fitava aquele sorriso, era mais que criança.
Era Ela ali, sentada sorrindo, vinha sorrindo a todo o momento, como se viesse ao meu encontro e eu bêbado por causa Dela e Dele também.
Seu sorriso me encharcava de beleza e tantas tensões queria entrar no sorriso Dela, embebedar-me Dele.
Sufocar-me de boca adentro.
Ouvir a sua mais profunda gargalhada.
Ser seu próprio sorriso, embriagar-me constantemente.
Penetrá-lo concomitantemente.
Querendo perto de mim.
Quando a vejo sorrindo fico ali, a olhar imaginando em segurar, passar a mão naquela boca aberta.
Teu sorriso me faz, transforma-me em criança desejosa querendo brincar.
Cobiçando-a para brincar e tê-la completamente sorrindo.
Poty – 20/04/2014


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