sábado, 31 de maio de 2014

A contradição na contramão



Quero você, não quer.
Você pensa, eu desejo.
Eu elogio você desconfia.
Sei que quer, prefere dizer não.
Surge de repente, diz e foge.
Reclama, chora e me deixa sem saber o que dizer.
Eu sou o rabugento, nojento e não sirvo.
Você se desfaz, refaz e eu parado, inerte e sigo sem dizer nada.
Fico a pensar, você é nostalgia na verborragia que sentia.
Sofre, sofro calado ao lado.
Perdi perdição na contramão
De antemão você é minha contradição.
Poty – 27/03/2014

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