sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sou o todo, o nada...

Sou o todo, o nada...
Sou carne e osso...
Sou o pedaço que não tem...
Seja o nada, porque não tenho o todo de ninguém...
Os pedaços se formam e acaba e não será de ninguém!
Será carcomido nas terras de ninguém
Porque a terra não é de ninguém...
Estamos vagando e ao pó voltará...
Sejamos o verbo...
Será o verbo que não provém...
... Você é você enquanto a terra não te consome...
Você vai e fica a chorar alguém –
Não tem como remediar –
Apenas fica a jogar areia na cara
E não se leva nada...
Vai, aproveita a vida que te mantém!
Poty – 11/04/2009

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