sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Fúria

















Serei a corda no teu pescoço
Darei o nó e puxarei sem dó e piedade

Hoje sou a penúria
A própria morte
E não me venha pedir perdão

Hoje sou a mão que te arrebenta
Não deixarei vestígios
Serei o próprio segredo

Hoje é um dia sem fim
Não quero meio
Você será o início

Abusarei de ti
Como nunca foi achincalhada

Eu sou a regra,
O ditador!

Hoje sou teu calabouço
O buraco que vai te enterrar...
A tua sepultura

Hoje não tenho remorso
Serei a tua ferida -
Mordida –
Não deixarei cicatrizar

Hoje não quero saber de ninguém
E nem de mim
Poty – 04/03/2009

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