domingo, 29 de agosto de 2010

Vou te dar braços e abraços


Caio em teus braços,
fico nos teus braços,
naquele abraço,
com braços laçados,
nesses braços que é meu laço,
mais que abraço.
vem aos meus braços,
dou aquele abraço
sem lagar os teus...
Poty/Binha – 17/04/2010

Noites sem fim



Criei um cercado pra mim,
Mas não consegui guarda-te.

Construí um lar pra mim,
Não consegui segurar-te.

Eu tenho um sonho
Atravessarei rios
Para alcançar-te.

Estremeço quando chego perto de ti.

Sofro sem ter você ao meu lado.

Você fugiu
Procurei-te
Não sei mais o que fazer
Não sei onde te encontrar.

Sou um castelo de areia que se acaba com as ondas do mar.

O nosso amor se acabou.
Foram tempestades no deserto que devastou.

Varei noites pensando em ti...
Não sei mais o que fazer.
Poty – 16/03/2009

Não tem explicação



Minha pura sensação,
Minha excitação.
O absinto que sinto.
Meu tentamento.
Toque que não toquei.
Meu vulcão.
Minha relação sem está relacionada.
Desejo sempre desejado.
É o que fica, mas não a tenho.
O começo, mas nunca o fim...
O meio que não chegou e nem terminou...
É o tudo, do nada que tenho.
Haverá de ter!
É e será sempre o desejado!
Um dia pode ser,
Quem sabe?
Só você!
Sim, só você.
Poty – 13/03/2010

Nasce a mais bela, a mais linda das princesas...
Trazendo consigo a arvore do amor, do Genesis da vida procriada...
Será eterna princesa entre os mortais, meramente mortais...
Entre nós nasceu, veio viver esta nova geração, será a salvação da humanidade...
O brilho.
Regozijo.
A amada de todos!
Nasceu para amar e ser amada... Eterna luz!
Poty – 06/02/2009

Paixão é tolice



Sou feita de paixão,
Propensa a tolices
E capaz de fazê-la.

Sei que vou deixar acontecer
Sem pensar nas conseqüências,
Poderei sofrer com este fogo que me arrebata,
Louca paixão.

Direi em pensamentos que nunca mais hei de fazer,
Mais vem outra e entro de corpo e alma
Como sendo a primeira vez...
Serei tola outra vez.

Por causa dela sou o poço;
Não ficarei no fundo
Porque quero a paixão dilaceradamente,
Meu corpo grita incansavelmente,
Incessantemente pelo o amor que não terei.
Poty – 06/03/2010

Corações separados


A saudade aumenta,
A distância diminui,
O coração acelera,
A vida consome...
A imaginação vai longe
E como vai a busca do impossível, do proibido...
... O pensar voa...
Olhar atento
As vezes à toa...
Ainda mais quando está friozinho,
Uma garoa fina a bater na janela,
O coração acelera e pensamentos voam...
Vou seguindo sem você,
Mas acelera os compassos das batidas que fazem pensar na distancia e também no quanto seriamos felizes perto...
Juntando os dois corações num só coração.
Poty – 04/03/2010

Ela passa


Quando a vida passa,
Só passa...
E as marcas ficarão.
Quando insiste em ficar...
Não tem jeito...
Chegará o dia que se tornará pó.
Não tem como ficar
No alto da compadecida
Em lamentações
Compadecendo-se
Do flagelo carcomido
Pelo tempo.
Poty – 02/03/2010
Se não fossem os meus sonhos,
A minha liberdade não viveria.
Poty – 19/02/2009

É lindo esta parte que me cabe ver... Imagino você por completa... Ai/ai/ai/ai/ ai... Não suportaria a velocidade do meu coração.
Poty – 20/02/2010


Sorria encanto...
O meu desencanto some com o vôo de teu sorriso.
Poty – 20/02/2010

Amparo


Guardarei nossos segredos
Não como algo inabalável, intocável,
Mas como anteparo da hipocrisia e
Como sendo a nossa causa...
... Só nossa e de mais ninguém.

Não repararei as nossas desavenças
Porque delas tiraremos proveitos...
... É através delas que aprendemos.

Aguardo e não reparo.

Despreparados estão
Para ser guardião
De nossas convicções.

Não darei guarida aos invasores,
Aos que se intrometem
Em nossas relações
Seja ela qual for.

Seremos o amparo
De nós mesmos...
Resguardando as devidas pretensões.
Poty – 16/02/2010

Você chega de mansinho...
... Quieta fica.
Não sei se é por causa de mim
Ou por causa de ti,
Somente ti.

Deixa-me pensativo,
Inquieto
Querendo resposta...
... Apenas resposta.

Quero algo a mais.
Quero penetrar
Em teus pensamentos,
Descobri-los,
Fazer parte deles.
Será que deixas?!
Vou assim mesmo!

Cativa-me com teu jeito bruto a ser lapidado...
... Serei o artífice que lapidará esta jóia preciosa.
Poty – 14/02/2010

Teu telhado


Vou ter o telhado?
Pode ser o quarto ao lado.

Você deixa entrar?
Passo a chuva e vou embora.

Não o quero pra mim!
Apenas um aconchego e partirei sem deixar vestígios.

Não é de vidro
É espaço forte
E nem quero ser invisível.

Deixa ir!
Não preciso pra sempre, são alguns dias e seguirei meu destino.

Não levarei nada, ficará sobre teu telhado... Quero apenas teu amor!

O que se construiu sob ele não será cobrado e nem será abraçado como sendo a última causa...
... És a própria causa de viver.

Sob teu telhado vai ficar o passado -
Não me deixas entrar porque dormes dele, -
És executora do acontecido que caia sobre ti.
E recusas eu entrar!
Poty – 08/02/2010

Eu não tenho

Eu não tenho nada -
Eu não vejo então -
Fico sem nada.

Eu não tenho,
O que fazer sem pão?

Vaza pelas mãos
Escorre nesta vazão,
Eu não tenho.

O que fazer nesta imensa solidão?
Não tenho anda.

Continuo nesta vastidão,
Sem nada ter.

Durmo sem colchão
No chão duro
E não sei o que remediar.

Não tenho onde morar
Fico perambulando por ai neste mundo que cabe
E me coube ficar sem chão.
Poty – 30/01/2010

Apenas Mãos


Apenas mãos
Mãos calejadas,
Mãos que escreve
Mãos que acaricia, ah essas mãos...
Mãos que abanam
Mãos que tapeiam
Mãos que cuidam... Mãos, ah mãos...
Mãos que agarram
Mãos que afagam
Mãos sensíveis,
Mãos que acenam... Mãos são mãos, mas que mãos!
Mãos que tocam,
Mãos carinhosas,
Mãos protetoras,
Mãos salientes, ah como queria essas mãos.
Mãos traçando mãos,
Mãos roubando irmãos,
Mãos doadoras,
Mãos louvando,
Mãos tocando seja lá o que for, são mãos!
Foi escrito por várias mãos!
Poty/Binha – 28/01/2010
Na janela há flores

As flores exalam na janela recebendo fluídos do sol irradiando as pétalas...
Assim transformando o canto que as têm.
... Eu tenho o sentimento sem expressão...
Deixo-as pairando sobre a luz que surge pela janela.
Colher e ser colhida com exatidão.
... Na minha janela tem a flor de mirra...
(Na minha tem a flor que mereces),
Flor de todo dia,
Flor que se espalha
A flor que regamos...
Seja onde estiver,
Mas na janela tem seu brilho.
Poty – 13/01/2010
O mundo é a estância viva que fecunda.
Poty – 10/01/2010
O Corredor
Corredor azarento
Corredor que passa,
Dos andarinhos,
Dos fantasmas...
Que a noite se movimenta,
De criancinhas brincando,
De pessoas andando sonâmbulos em busca do nada...
De almas penadas,
De vivos azarentos,
Zombando por nada...
Corredor das passaradas
Trafegando sem nada...
Parece trafego de almas penadas
Querendo levar os que ainda permanecem brincando e azarando a bicharada...
Os que são e os que já foram,
Passasse, mas repassasse também...
E ficam os sentimentos partilhados.
O corredor não vai a lugar nenhum!
Poty – 08/01/2010
Entre nós...
Pelo menos te faço algo
Que satisfaz e me satisfaz também,
Mas fala muito de ti contigo mesmo
E de mim comigo mesma...
Sinto eco em mim.
Poty – 08/01/2010
Tenta-me

Você me tenta
E quero ser tentado por ti.
Contenta-me a tua perdição.
Sinto bem pelo teu tentar,
Pela tua sensibilidade
Por tua sensualidade
Pelo teu sorriso
Pela tua pele
Pelo teu olhar
Pela tua timidez
Por tua sensatez
Por tuas imaginações
Por tua solidão
Pela tua mansidão
... A tua causa, sem causa...
Poty – 07/01/2010
Alma...
Energia flutuante
Água corrente que desce montanhas
Segue caminhos inesquecíveis
Vai energizando por onde passa
Por quais afluentes circula...
Poty – 03/01/2010
Não adianta Plástica

Nada adianta se não te faz bem,
Nada adianta se tua morada interior não se encontra bem,
Se você não se sente segura para seguir a vida.
Quando a plástica recobre os defeitos externos e encobre os internos.
Para quê uma boa estética se a ética encontra-se desmoronando.
Se quiseres fazer, que faça, mais seja num ato de reconciliação do corpo com suas energias.
Poty – 03/01/2010